terça-feira, 25 de agosto de 2015

Teste mostra que pneu cantando é sinal de perigo





O que os olhos não veem o coração pode não sentir, mas o carro sim. Se você escutar seu carro cantar pneus em velocidade baixa e perceber certa imprecisão no volante, cuidado: seu carro pode estar desalinhado. Por baixo de uma aparente normalidade, pode haver deficiências no contato dos pneus com o piso, com diversas consequências. A alteração pode ter origens diversas. As rodas podem ter batido contra algum buraco ou obstáculo ou, simplesmente, ocorrer devido ao desgaste natural dos componentes da suspensão. Os especialistas recomendam conferir o alinhamento da direção a cada 10 000 km ou na ocorrência de algum incidente que possa causar avarias no veículo, mesmo que, visualmente, esse evento não tenha tido maiores consequências. Muita gente negligencia esse tipo de cuidado porque, como toda manutenção preventiva, o serviço de alinhamento só se revela útil quando deixa de ser feito e surgem os problemas.
Para demonstrar o que acontece com um carro que roda desalinhado, levamos nosso Ka do teste de Longa Duração para a pista e comparamos seu comportamento com o alinhamento dentro das especificações de fábrica e com as rodas dianteiras desalinhadas cerca de 8 milímetros cada uma, reproduzindo um desvio que pode existir após 10 000 km de uso. O teste consistiu em rodar em velocidades crescentes, em uma curva de raio constante, avaliando o controle direcional do carro. Como dados objetivos, registramos as medidas de velocidade e aceleração lateral (g). O local do teste foi o Campo de Provas da GM, em Indaiatuba (SP), em uma pista apropriada para esse tipo de avaliação, cujo raio de curva é de 65 metros. Ao volante, contamos com a consultoria e colaboração do piloto da Pirelli, César Urnhani, especialista em testes de desenvolvimento de pneus.

“Comecei a escorregar”

Com as rodas dentro do alinhamento preconizado pela fábrica, o piloto conseguiu levar o Ka à velocidade de 54,3 km/h, com uma força lateral de 0,77 g, sem perder a trajetória. O teste foi realizado nos dois sentidos da pista, como forma de avaliar e neutralizar qualquer desequilíbrio entre os dois lados do veículo. Depois, já com as rodas desalinhadas, Urnhani não passou de 49,8 km/h, com uma aceleração lateral de 0,71 g.
A explicação para essa diferença é que, uma vez fora das especificações da Ford, os pneus do Ka perderam área de contato com o piso. “Foi por isso que eles começaram a cantar mais cedo”, diz Urnhani. O piloto notou que, no primeiro ensaio, os pneus cantavam a partir de 51 km/h e, no segundo, já se manifestavam a 45 km/h. Cantada de pneu não tem nada de sedutor. Pelo contrário. “É o pneu dizendo: ‘estou no limite, comecei a escorregar’”, afirma Urnhani.
À primeira vista, 4,5 km/h e 0,06 g podem parecer diferenças pequenas. Mas, se o nosso Ka, continuasse a rodar sem manutenção, o desalinhamento cresceria e as consequências seriam maiores. O desvio de 8 milímetros aumentaria e os pneus com contato precário se desgastariam de modo pouco uniforme, diminuindo progressivamente sua capacidade de aderência e sacrificando componentes da suspensão. “Os defeitos se agravam de forma exponencial”, diz Urnhani. Depois de 5 000 km, a diferença de velocidade poderia pular para 15 km/h, e depois para mais, até ocorrerem danos graves que impediriam o veículo de se movimentar, se ninguém fizesse nada.
Nós realizamos o teste em uma trajetória curva, por ser uma situação de aderência e estabilidade direcional mais crítica e fácil de demonstrar a influência do alinhamento no comportamento do carro. Mas as dificuldades ocorrem também em linha reta. Com as rodas desalinhadas, existe maior resistência ao rolamento porque o pneu roda meio de lado, sendo arrastado (o que força a roda a sair ainda mais de sua posição original). Como consequência imediata, há o desgaste dos pneus, o comprometimento da dirigibilidade e o aumento do consumo de combustível. Em uma frenagem, dependendo do estado do pneu, como a área de contato é menor, pode aumentar substancialmente a distância de parada, além do risco de desvio da trajetória, que pode puxar tanto para a direita quanto para a esquerda. E cai também a capacidade de escoamento de água em dias de chuva.
O cantar é sintoma de algo errado, mas pode não ser em razão de desalinhamento, e sim por problemas de calibragem. Por esse motivo, além de calibrar os pneus toda semana, vale fazer um exame visual da banda de rodagem, para verificar se existe desgaste irregular. Mas não adianta olhar o pneu pela lateral, é necessário examinar a banda de rodagem inteira. Isso porque o desgaste provocado pelo desalinhamento ocorre na parte da banda que fica escondida pelo pára-lama. Dependendo do tempo que o carro roda desalinhado, seus olhos verão. E, se seu coração não sentir, o bolso certamente acusará o golpe.

BALANCEAMENTO

O objetivo do balanceamento das rodas, como o nome diz, é balancear as massas do conjunto roda e pneu que, por algum motivo, podem estar em desequilíbrio. O primeiro sinal de que a roda está desbalanceada é uma vibração sentida no volante, quando a roda com problemas está no eixo dianteiro, ou no assoalho, no caso do eixo traseiro. Além do desconforto, porque o pneu literalmente pula como se fosse uma bola de basquete, essa vibração compromete a estabilidade e provoca desgaste irregular dos pneus, diminuindo a vida útil dos componentes da suspensão, como amortecedores, buchas e borrachas.

GEOMETRIA ANALÍTICA

Alinhar a direção significa ajustar três pontos da geometria da suspensão – a suspensão engloba todo o conjunto de molas, amortecedores, braços e também os pneus e componentes do sistema de direção –, que são conhecidos como divergência (ou convergência), câmber (ou cambagem) e cáster. A divergência (1) é a posição das rodas em relação a um plano longitudinal. O câmber (2) é o ângulo formado pela inclinação da roda em relação ao plano vertical. E o cáster (3) é o ângulo formado pelo eixo da direção e pelo plano vertical. Em uma bicicleta, é a inclinação do garfo que cria esse ângulo. O câmber e o cáster, normalmente, só se alteram em razão de acidentes ou avarias, enquanto a divergência muda em decorrência do uso do veículo (acidentes ou avarias também).

Pequenas coisas que evitam dores de cabeça durante a viagem



José Roberto Moreira de Melo

Ola, sou o José Roberto Moreira, mais conhecido como Zé Beto. Nasci em Caxambu, sul de Minas Gerais. Desde pequeno sou alucinado por estradas e viagens.

Roteiro de férias definido, carro revisado, malas prontas. Tudo pronto para embarcar. Se você quer fazer uma viagem ainda mais tranqüila, vale a pena conferir a lista que preparamos. São coisas simples, que podem ser feitas com facilidade, mas são capazes de prevenir pequenos e grandes incômodos.

Planeje o percurso

Nnão custa nada checar se o trajeto para chegar ao destino ainda é o mesmo. Guias on-line como o Google Maps são gratuitos e fáceis de serem utilizados. De quebra, você ainda pode descobrir uma rota mais curta ? ou agradável.

Horário

Evite os horários nos quais o sol está próximo à linha do horizonte, seja no início do dia ou ao final da tarde. A luz direta dificulta a visão, compromete a noção de distância e profundidade, e desconcentra o motorista. Pode também causar dores de cabeça aos fotossensíveis. Leve sempre um par de óculos escuros. Planeje seu horário também pensando na rota até a estrada. Poucas coisas são mais incômodas que começar uma viagem com um engarrafamento.

Documentação

Muitos se lembram das taxas e impostos do automóvel, mas e a validade da habilitação? É um detalhe que pode passar despercebido e encerrar a viagem no caso de uma blitz.
Se você nunca trocou o pneu do seu carro, vale a pena conferir como funciona o macaco e onde ele deve ser instalado ? normalmente estas instruções estão no manual ou no próprio macaco. Não deixe para aprender isso na estrada. Uma toalha e uma capa de chuva podem ser a sua salvação, se a troca precisar ser feita sob condições torrenciais.

Repouso

Cuidado com baladas na véspera, mesmo as moderadas. O organismo demora para digerir o álcool e a qualidade do sono tende a ser pior. A viagem pode se tornar uma tortura se você não estiver bem descansado ? sem mencionar a perigosa perda de reflexos e a sonolência.

Alimentação

Tome um café da manhã reforçado, sem exagerar na quantidade. Frutas e fibras são bem-vindas. Nas refeições feitas na estrada, cuidado com produtos derivados de maionese, leite, ou alimentos que você não está acostumado a comer. Barras de cereais são valiosas para enganar o estômago de maneira rápida, sem sujar as mãos ou o carro.

Música

Amaioria das rádios deixa de funcionar em um raio inferior a 100 quilômetros da cidade. Levar uma coletânea de suas bandas favoritas é uma boa maneira de combater o tédio ou de entrar numa roubada musical.

Dinheiro

Leve sempre um dinheiro extra, mais que o necessário para pedágios. Aquele restaurante ou posto de gasolina no meio do interior pode não aceitar a bandeira do seu cartão ou só trabalhar com cheque e dinheiro vivo. Deixe o dinheiro dos pedágios preparado no console, assim você ajuda o trânsito nas paradas e reduz o seu tempo de viagem.

Higiene

Um saco de vômito pode ser a salvação de seu carro no caso de um passageiro se sentir enjoado. Levar um rolo de papel higiênico também não é má idéia ? nunca se sabe onde uma parada emergencial precisará ser feita. Um pano seco pode ajudar a limpar suas mãos se você precisar trocar um pneu na estrada. Para lavá-las, use o esguicho do pára-brisa como paliativo.

Flanela e spray anti-embaçante

Essa vale mais para os carros sem ar-condicionado. Guiar sob chuva já requer cuidados extras, fazê-lo sem visibilidade representa um perigo exponencial.

Acostamento

Se você precisar parar por algum motivo, muito cuidado com os carros de trás ao reduzir a velocidade, e atente ao degrau existente entre o acostamento e a via. É fácil perder o controle do carro ali. Segure firme o volante, pois a direção tende a esterçar sozinha no degrau.

Pausas

Não queira cobrir todo o trajeto de uma vez. Mesmo em viagens curtas, uma simples parada para se espreguiçar e ir ao banheiro oxigena o corpo, estimula a circulação e renova as energias. São cinco minutos que deixam a viagem mais agradável e que combatem a sonolência. Nos trajetos longos, vença o orgulho e alterne a direção com outros motoristas. Dirigir por muito tempo reduz a percepção espacial e os reflexos, mesmo quando se está sem sono.

José Roberto Moreira de Melo


Situações que podem acontecer na estrada e as dicas para enfrentá-las




Não basta apenas elaborar o roteiro, fazer as reservas de hospedagem e carregar a bagagem. Além de fazer uma boa revisão no veículo, é preciso estar sempre atento a tudo que se poderá enfrentar durante a permanência na rodovia. Reunimos aqui algumas situações que podem acontecer e damos as dicas para você cair na estrada sem problemas.

ANIMAIS NA PISTA

Ao avistar animais andando na pista ou nas proximidades, olhe pelo espelho retrovisor para verificar se existem carros perto, reduza imediatamente a velocidade e redobre a atenção. Procure passar sempre por trás dos bichos. Nunca buzine. Isso pode assustá-los. Da mesma forma, faróis altos à noite podem paralisá-los à sua frente, o que só aumenta o risco de acidente. É preferível parar e esperar que passem, procurando sinalizar a outros motoristas sobre o perigo.

BEBIDA ALCOÓLICA

Está provado cientificamente que o álcool provoca alteração da coordenação motora e diminui os reflexos. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) teve seu Artigo 165 do Capítulo XV, considera gravíssimo o ato de dirigir sob influência de álcool ou entorpecentes e pune os infratores com a perda da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), alterado. A partir do decreto de junho de 2008, dirigir sob influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência é considerada infração gravíssima. Na fiscalização, o condutor é submetido a testes de alcoolemia por aparelhos homologados pelo Contran, os chamados bafômetros. Aos olhos da lei, estar bêbado é ter mais de 0,6 grama de álcool por litro de sangue – o equivalente a duas doses de uísque ou duas latas de cerveja para uma pessoa que pesa 70 quilos. Ainda deve-se levar em conta o metabolismo individual. Em teoria, quanto mais se come, menos os efeitos do álcool são sentidos. O tempo de recuperação para quem bebeu pouco mais de duas doses de uísque é de, no mínimo, três horas. Acima disso, é melhor pegar o volante só no dia seguinte. O ideal é nunca dirigir depois de beber. Ou nunca beber se for dirigir. Confira:
  • Um copo de cerveja ou uma taça de vinho: 0,2 g/l – Você fica um pouco mais confiante, mas ainda está tudo bem. A bebida não é suficiente para causar alterações neurológicas
  • Uma dose de uísque ou uma latinha de cerveja: 0,3 g/l – Sua noção de distância e de velocidade fica prejudicada. Um carro que parece longe está um pouco mais perto do que você imagina
  • Duas taças de vinho ou dois copos de cerveja: 0,4 g/l – Os reflexos ficam comprometidos e você perde a capacidade de responder rapidamente a situações de perigo demora mais para acionar o freio, por exemplo)
  • Duas doses de uísque ou duas latas de cerveja: 0,6 g/l (limite máximo permitido no Brasil) – Sensação de euforia. Você perde a noção de perigo. O risco de acidentes dobra
  • Quatro taças de vinho ou quatro copos de cerveja: 0,8 g/l – Sensação de calor e rubor facial. Você perde a coordenação motora e a noção de detalhes. Ainda consegue dirigir, mas suas reações são muito mais lentas
  • Quatro doses de uísque ou quatro latas de cerveja: 1,2 g/l – Você está intoxicado. Não consegue fazer o raio correto de uma curva, nem seguir as faixas de trânsito
  • Cinco latas de cerveja ou uma garrafa de vinho: 1,5 g/l – Você é incapaz de se concentrar no trânsito. Perde a memória e a capacidade de julgamento. Está a um passo de apagar ao volante
A multa é de R$ 957.50 e o motorista tem sua carteira suspensa por 12 meses. O veículo fica retido até a apresentação do condutor habilitado. O caso fica mais grave se o condutor alcoolizado se envolver em crimes de trânsito. A penalidade pode chegar de seis meses a três anos de detenção, além da proibição de dirigir veículo automotor.

COM CHUVA

Estradas molhadas (e mesmo ruas) exigem sempre maior atenção do motorista, já que ficam escorregadias. Com chuva mais intensa, o carro da frente vai levantar uma cortina de água, atrapalhando ainda mais a visão. Reduza a velocidade, não dê guinadas bruscas no volante, acenda os faróis, aumente a distância em relação ao veículo que trafega à sua frente e não freie de forma abrupta. É mais seguro pressionar o pedal do freio progressiva e suavemente. Se possível, desvie de áreas com maior acúmulo de água para evitar o efeito da aquaplanagem. Ao frear a 80 km/h e com pista seca, um veículo geralmente percorre 30 metros até parar. Com pista molhada, essa distância passa a ser de 45 metros ou mais.

CURVAS

Ao se aproximar de uma curva, deve-se frear antes, desacelerando o carro. Tente aumentar seu raio de curva, ficando o mais possível do lado oposto (se a curva for à direita, posicione o carro bem à esquerda, sem invadir a outra faixa; aproxime-se do acostamento se a curva for para o outro lado), até que comece a entrar nela. Só então retome a aceleração de forma gradativa, deslocando o carro para o centro da pista. Isso ajuda a dar mais aderência ao veículo. Não faça a curva dando golpes bruscos ou soquinhos no volante. Vire a direção com suavidade até o ângulo certo e nunca freie no meio da curva. O carro pode derrapar ou até capotar se as rodas travarem. Se entrar rápido demais, tire o pé do acelerador e reduza a marcha, mesmo que o motor suba de rotação. Apenas nessa situação, com maior controle do carro, você poderá usar moderadamente o freio.

DESLOCAMENTO DE AR

Deve-se ter bastante atenção ao ultrapassar ou ao ser ultrapassado por um caminhão ou ônibus. Veículos pesados provocam grande deslocamento de ar, que faz com que seu carro balance. Segure o volante com firmeza e mantenha a trajetória mais reta possível.

DIRIGIR À NOITE

Guiar à noite requer maior concentração e menor velocidade. As luzes dos veículos na direção contrária podem atrapalhar a visão. Leve em conta que trafegar à noite dá mais sono ainda em quem já está cansado. Evite manter os olhos em um ponto fixo. Use as faixas ou os olhos de gato de marcação das pistas como referência. Se não houver nenhum tipo de sinalização ou não conhecer a estrada, mantenha uma distância maior e utilize as luzes traseiras do carro que estiver à sua frente para se guiar. Assim você poderá saber com antecedência o sentido das curvas, por exemplo. O mesmo serve para situações de neblina intensa. Nunca use farol alto quando houver veículos na sua frente ou vindo na direção contrária. O farol de milha, de longo alcance, é bastante útil. Ele produz um facho estreito de luz branca, como a projetada por um spot de teatro, que pode alcançar até 500 metros de distância.

NEBLINA

Durante o dia ou à noite, o perigo da neblina é o mesmo, dificultando a visibilidade do motorista. Trafegue em baixa velocidade e mantenha distância ainda maior em relação ao carro da frente. Evite fazer ultrapassagens, acenda os faróis baixos e, se tiver, os especiais para neblina. Nunca utilize farol alto. A luz reflete nas gotículas responsáveis pelo nevoeiro, voltando para os olhos do motorista. Ou seja, a luminosidade do farol alto bate de frente com a névoa branca da neblina, impedindo que se tenha a visão do que está à frente. Para esse caso, há o farol de neblina, que pode ter cor branca (melhor) ou amarela e tem um facho mais curto e mais largo, atingindo as laterais da estrada, e alcance entre 10 e 15 metros. Ilumina até 30 cm acima do solo, porque é a partir dessa altura que a neblina normalmente se forma. Use as marcações da pista ou as luzes traseiras do carro à frente como referência do caminho a seguir.

OBJETOS E BAGAGEM

Nunca carregue o compartimento de bagagens com peso acima da capacidade do veículo. Procure distribuir os itens, conforme seu peso e tamanho, garantindo equilíbrio ao automóvel. Evite que os objetos transportados fiquem soltos (em uma freada eles podem atingir os ocupantes ou provocar danos ao carro) e ultrapassem o limite do compartimento de bagagem, impedindo a visibilidade do motorista. Tenha essa preocupação mesmo que seu carro seja uma perua ou picape. Isso evita que o carro fique instável e ainda ajuda a manter a média normal do consumo de combustível.

QUEIMADAS

Em épocas de seca, quando a vegetação ao lado da pista fica ressecada, é comum ocorrerem incêndios. Às vezes o fogo é causado por pontas de cigarro atiradas por motoristas irresponsáveis. Em conseqüência, a intensa fumaça formada pode atrapalhar a visibilidade. Ao encontrar uma situação assim, reduza a velocidade e acenda os faróis baixos. Se a visibilidade estiver muito prejudicada, melhor parar no acostamento, o mais longe possível da pista, com o pisca-alerta ligado, e esperar que a fumaça diminua.

SINAIS

Existem vários sinais que são utilizados para uma comunicação visual na estrada por caminhoneiros e motoristas de ônibus e carros. Saber o significado deles é bastante útil. Aprenda a traduzir, e a usar, alguns deles: · Duas buzinadas – Rápidas, em toques curtos, significam um agradecimento. Pode ser porque o motorista da frente permitiu ou facilitou a sua ultrapassagem. Um “obrigado” sonoro. · Piscar faróis com intervalos – É usado para indicar para os veículos que trafegam no sentido oposto que eles encontrarão algum problema adiante e que devem reduzir a velocidade. Pode ser um acidente ou queda de barreira, por exemplo. · Piscar faróis com insistência – É um aviso de que o carro que segue à frente na pista está com algum tipo de problema. · Piscar os faróis e buzinar – Se o carro que vem atrás do seu piscar os faróis e buzinar com insistência, ele pode estar com problemas e está pedindo passagem. · Seta esquerda ligada – Se o veículo da frente ligar a seta esquerda, saiba que ele está avisando para que você não faça uma ultrapassagem naquele momento, já que provavelmente há um outro carro vindo no sentido oposto. · Seta direita acionada – A sinalização indica que, a princípio, pode-se fazer a ultrapassagem, já que não deve haver nenhum outro veículo vindo em direção contrária. Porém, procure sempre se certificar disso, já que o motorista que sinalizou pode cometer um engano de cálculo.

SONO

Viajar durante o dia sempre é mais seguro. Se tiver que ser à noite, procure descansar bastante já no dia anterior. Se o sono bater, não lute contra ele. Não adianta pedir para que os outros passageiros conversem com você ou, se estiver sozinho, ligar o ar-condicionado, o rádio no máximo ou cantar. Pare o carro num local seguro e durma, nem que seja por meia hora.

ULTRAPASSAGENS

É durante as ultrapassagens que acontece o maior número de acidentes nas estradas, principalmente por imprudência e falta de perícia durante sua execução. Procure ser sempre preciso ao calculá-la. As dicas são as seguintes: obedeça à sinalização da pista, sempre dê seta antes para indicar seus movimentos e só ultrapasse pela esquerda, nunca pelo acostamento. Se necessário, buzine levemente para avisar o carro que está ultrapassando e mantenha uma distância segura dele. Volte logo à sua faixa. Não ultrapasse nunca em curvas e aclives, a não ser que tenha total visibilidade da pista contrária, nem quando a faixa amarela que divide a pista for contínua. Na chuva, a atenção tem de ser redobrada. Só faça uma ultrapassagem com absoluta certeza de que conseguirá completá-la sem colocar em risco sua segurança e a dos demais veículos. Ao ser ultrapassado, não tente apostar corrida e facilite a manobra diminuindo sua velocidade até que o outro carro passe e atinja uma distância segura.

VENTOS LATERAIS

Durante uma viagem, você já deve ter sentido seu carro balançar, principalmente em trechos de estrada mais abertos e desprotegidos. Uma rajada de vento lateral pode desestabilizar seu carro, a ponto de fazê-lo sair da pista. Um bom indicativo desse tipo de ocorrência são as árvores e arbustos dispostos ao longo da estrada. Verifique se estão balançando muito. Se estiverem, reduza a velocidade e segure o volante com mais firmeza. Abrir um pouco os vidros também é útil para amenizar o problema.

Os carros mais econômicos do Brasil pelo Inmetro - José Roberto Moreira de Melo

Conheça o consumo de combustível de 599 veículos medido pelo Inmetro.

O Inmetro divulgou novas tabelas mostrando o consumo de combustível de 599 modelos de veículos de 36 marcas que participam do Programa Brasileiro de Etiquetagem - PBE 2014.

Todos os modelos são testados no consumo de combustível através de quilometragem por litro, rodando na cidade e na estrada, a também emissões de poluentes.

O consumo é classificado pelas letras "A, B, C, D, E". A letra "A" significa menor consumo e melhor eficiência energética. A emissão de poluentes é classificada em 1, 2 ou 3 estrelas. Quanto mais estrelas, menor é a emissão.

Entre os carros mais econômicos testados pelo Inmetro estão modelos híbridos, como oFord Fusion Hybrid 2.0, com 16,8 Km/l (gasolina/cidade) e 14,7 km/l (gasolina/estrada) e oToyota Prius, com 15,7 km/l (gasolina/cidade) e 14,3 km/l (gasolina/estrada).

Entre os carros populares, os que continuam se destacando na economia de consumo foram o Renault Clio 1.0 com 14,3 km/l (gasolina/cidade) e 15,8 km/l (gasolina/estrada), 9,5 km/l (etanol/cidade) e 10,7 (etanol/estrada); o Volkswagen up! 1.0 com 13,2 km/l (gasolina/cidade) e 14,3 km/l (gasolina/estrada), 9,9 km/l (etanol/estrada) e 9,1 km/l (etanol/cidade); além do Fiat Uno.

Outros modelos compactos que receberam classificação "A" em consumo de combustível foram o Palio Fire 1.0, o Nissan March 1.0 e o Volkswagen Fox 1.0. Para ver a lista completa dos veículos e os respectivos consumos, 
Click Aqui.



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Conheça os carros com manutenção mais barata do Brasil



O CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Segurança Viária), criou um novo índice que aponta os custos de manutenção de veículos vendidos no país. Diferente do Índice de Reparo Veicular, que analisa os preços de peças, o novo Índice de Manutenção Veicular (IMV) é um cálculo baseado em uma fórmula que soma os custos dos componentes das manutenções preventiva e preditiva e os custos de mão de obra.
Para o lançamento do novo índice, o CESVI analisou inicialmente os 45 modelos mais vendidos no país no último ano segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Esses veículos foram avaliados quanto ao custo de manutenção mecânica conforme dados fornecidos pelo fabricante.


O estudo analisou os componentes de rodagem e segurança que devem ser substituídos ao longo dos primeiros 100 mil quilômetros rodados. Ao final, os veículos foram classificados em uma escala de pontuação que varia de 10 a 60 pontos, dependendo do valor do custo de manutenção. Nessa classificação, quanto menor o IMV, menor é o custo de manutenção mecânica do veículo.


“O IMV passa a ser um forte indicador dos melhores custos de manutenção mecânica para quem presta o serviço e, principalmente, para o consumidor, que terá mais subsídios para escolher o modelo que mais se adequa ao gosto e também ao bolso”, explica Alessandro Rubio, coordenador técnico do CESVI.
Os carros de manutenção mais barata do Brasil
Segundo o CESVI BRASIL, os veículos com a melhor classificação no primeiro ranking do Índice de Manutenção Veicular são:
1 – Chevrolet Celta 1.0 – 20 pontos
2 – Toyota Etios Sedan 1.5 – 20 pontos
3 – Fiat Fiorino 1.4 – 20 pontos
4 – Volkswagen Gol 1.0 – 20 pontos
5 – Fiat Uno 1.4 – 20 pontos
6 – Toyota Etios Hatch 1.5 – 21 pontos
7 – Volkswagen Gol 1.6 – 21 pontos
8 – Fiat Grand Siena 1.4 – 21 pontos
9 – Fiat Palio 1.0 – 21 pontos
10 – Fiat Palio 1.4 – 21 pontos
11 – Volkswagen Saveiro 1.6 – 21 pontos
12 – Fiat Strada 1.4 – 21 pontos
13 – Nissan Versa 1.6 – 21 pontos
14 – Volkswagen Voyage 1.0 – 21 pontos
15 – Volkswagen Voyage 1.6 – 21 pontos


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

10 coisas que todo motorista de carro deveria saber sobre caminhões antes de pegar a estrada





1- Eles são mais lentos

Pode reclamar, ficar bravo, espernear, mas não tem o que fazer, a velocidade máxima permitida por lei para um caminhão é 90km/h, logo, não importa se a pista permite que o carro vá a 120, quando um caminhão for ultrapassar outro veículo, ele deverá ir, no máximo, a 90km/h. Por isso, tenha paciência, não dê farol alto, não buzine, não xingue. Muito melhor um caminhão que respeita esse limite que um em alta velocidade colocando todos em risco.

2 – Eles têm menos agilidade

Claro, afinal, são muito maiores. Por isso, se um caminhão começar uma manobra a sua frente, não aumente a velocidade para impedir que ele continue, não jogue o carro pra cima, apenas tenha paciência, já já ele volta pra pista dele, até porque, se ele for pego fora da faixa da direita sem um motivo, ele leva multa, então assim que ele terminar a manobra ou a ultrapassagem, ele deve voltar pra sua faixa, e você pode seguir sua viagem.

3 – Eles são mais altos

E, por esse motivo, as vezes, a faixa da direita pode ser um problema, principalmente quando as árvores da lateral da pista não são podadas corretamente. Aí, para não chocar o caminhão com algum galho, o motorista pode recorrer à faixa do meio. Por isso, quando um caminhão invadir a faixa do meio aparentemente sem motivos, dê uma olhada em volta antes de julgá-lo.

Submit4 – Eles sentem mais os buracos da pista

E esse é outro motivo que faz com que eles, as vezes, fujam da faixa da direita, que costuma ser mais irregular. Se o motorista está arriscando tomar multa e andando na faixa do meio, ele deve ter um bom motivo pra isso, que também pode ser faixa da direita muito estreita, pedaços de outros veículos no acostamento e tantas outras coisas.

5 – Eles enxergam mais longe

Você pediu passagem (dando seta para a esquerda e não farol alto) e o motorista respondeu com seta pra esquerda também? Entenda o sinal. Ele não quer ultrapassar outro veículo antes de você. O mais provável é que ele, por ver mais longe, esteja vendo outros veículos vindo na direção contrária e está te sinalizando que se você fizer a ultrapassagem agora, pode se envolver em um acidente. Quando ele der seta para a direita, aí estará indicando que o caminho está livre.

6 – Eles, provavelmente, estão dirigindo há horas

E podem estar cansados, sob pressão. Podem ter sido desrespeitados pelo encarregado, porteiro, carregador, policial, e por isso podem estar estressados. A atividade de motorista de caminhão é uma das que mais causa adoecimento no Brasil, por isso, tenha paciência, não provoque, não xingue, respeite essa atividade.

Submit7 – Eles estão levando a mercadoria que você vai usar

Se você acha que caminhões atrapalham o trânsito, então imagine você tendo que ir na horta buscar suas verduras e legumes, na roça buscar seu arroz, no pasto buscar sua carne e até pro Pará buscar seu açaí, será que dá? Não, não dá. Então, se você ajuda a provocar um acidente com um caminhão, é a sua mercadoria que não vai chegar ou que chegará mais cara.

8 – Eles são ainda mais lentos na subida

Você está vindo tranquilamente atrás de um caminhão a 90km/h, aí começou uma subida e a velocidade do caminhão caiu pra 60km/h. O que você faz? Sair pela esquerda no momento mais seguro é a melhor opção. Não é porque o motorista quis. Ele bem que preferiria continuar a 90, mas a maior parte de nossos caminhões são antigos e podem perder até 50% da sua velocidade numa subida. Por isso, não fique bravo, se vir que lá na frente tem uma subida, já saia de trás do caminhão antes ou diminua sua velocidade, evitando batidas traseiras ou colisões laterais ao tentar ir pra esquerda quando já estiver em baixa velocidade.

9 – Eles têm mais pontos cegos

Pense nos pontos cegos do seu carro, que tem mais ou menos uns 4 metros de comprimento. Agora imagine um caminhão com 15m. Os pontos cegos são muito maiores. Existe uma regra que ajuda muito os motoristas de carro: se você consegue ver o condutor de um caminhão, ele também consegue te ver. Ou seja, se você colar na traseira de um caminhão, não verá o condutor, aí ele também não te vê e um acidente pode acontecer (sem falar que é obrigatório por lei manter distância segura do veículo da frente). O mesmo vale para quando você estiver na lateral do caminhão ou quando ultrapassá-lo, não volte para a faixa colado nele, dê espaço para ter certeza que o caminhoneiro te viu entrando na frente dele.

Submit10 – Eles precisam de (muito) mais espaço para frear

Você está trafegando a 80km/h e decide que é um bom momento para ultrapassar um caminhão. Dá uma olhada rápida e vê que tem um espaço entre os dois caminhões a sua frente. Acelera, passa o caminhão, entra na frente dele e freia para não colidir com o da frente. Freia na certeza que o caminhoneiro vai frear também. Mas o que muita gente não sabe é que enquanto um carro comum, a 80km/h, precisa de mais ou menos 40 metros para frear, um caminhão com 40 toneladas de carga precisa de 98 metros para parar, já um com 60 toneladas vai precisar de 108 metros. E tudo isso ainda pode variar de acordo com as condições da via, o tipo de carga carregada, a tecnologia do caminhão e tantas outras variáveis que fica muito difícil para o motorista de carro avaliar tudo isso em milésimos de segundo, quando decide ultrapassar. Por isso, só ultrapasse quando tiver certeza que é seguro.

Bônus: Eles são, em sua maioria, gente boa

Todo mundo tem uma história pra contar de um caminhoneiro que fez uma besteira na estrada, mas todo mundo também tem uma história de médico ruim, eletricista ruim, garçom ruim e por aí vai, ou seja, em todas as profissões tem gente boa e gente ruim. Sempre que você vir um caminhão fazendo loucura na pista, olhe em volta e veja quantos outros estão andando corretamente. Quem anda corretamente não chama atenção, por isso ficamos com a impressão que motorista de caminhão “é tudo louco”, mas não são. Use a experiência e perícia que eles têm. Comunique-se com eles no trânsito de forma amigável e verá como eles podem contribuir para uma relação mais segura e tranquila no trânsito.