Ola, sou o José Roberto Moreira, mais conhecido como Zé Beto. Nasci em Caxambu, sul de Minas Gerais. Desde pequeno sou alucinado por estradas e viagens.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
As estradas mais mortais do Brasil
São Paulo – Mais de 8,6 mil pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito nas rodovias federais brasileiras no ano passado. Foram quase 7,2 mil ocorrências com morte nos mais de 63 mil quilômetros de estradas em poder da União. É um acidente fatal para cada 8,8 quilômetros de vias.
Os números, no entanto, não revelam uma face mais cruel de boa parte desses desastres: algumas rodovias são bem mais perigosas que outras. E dentro delas, alguns pedaços tiram bem mais vidas. São os trechos mais mortais do Brasil.
Não se trata, portanto, de dizer apenas que a BR-101 ou a BR-116 - que cortam o país de norte a sul - são ruins ou boas, mas de localizar exatamente onde mais vidas estão sendo ceifadas, em atropelamento ou colisões, normalmente em áreas de grande movimento de veículos e pedestres.
A partir de dados consolidados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de 2011, EXAME.com selecionou os 5 trechos mais mortais do Brasil, todos com 10 quilômetros de extensão. Clique nas fotos para conhecer onde a atenção do motorista deve ser redobrada, e onde as cruzes são comuns nas estradas.
Aviões atravessam pontes sobre estrada na Alemanha
Na cidade de Schkeuditz, na Alemanha, os aviões que utilizam o
aeroporto local percorrem um trajeto um tanto incomum quando estão no
chão: eles cruzam pontes. Os viadutos passam por cima de uma grande
rodovia de seis pistas (três em cada sentido), fazendo parecer que as
aeronaves pertencem à frota urbana de veículos. A falta de espaço no
terreno do aeroporto, que serve as cidades de Leipzig e Halle, condenou
os aviões a taxiarem antes da decolagem ou depois do pouso nestas
condições peculiares.
Ao todo, são três as “taxiways”, ou seja, as pontes onde eles manobram. Enquanto a E7 e a E8, que ficam ao leste do aeroporto, têm apenas uma mão de circulação, a ponte W1, na parte oeste do lote, é mão dupla (olha a ousadia!). Difícil dizer se os engenheiros que projetaram tal solução são corajosamente audaciosos ou ingenuamente confiantes. Alguém se habilita a pegar um voo para lá?
Ao todo, são três as “taxiways”, ou seja, as pontes onde eles manobram. Enquanto a E7 e a E8, que ficam ao leste do aeroporto, têm apenas uma mão de circulação, a ponte W1, na parte oeste do lote, é mão dupla (olha a ousadia!). Difícil dizer se os engenheiros que projetaram tal solução são corajosamente audaciosos ou ingenuamente confiantes. Alguém se habilita a pegar um voo para lá?
HISTÓRIA DAS ESTRADAS
O Império Romano
pode não ter sido o primeiro a criar estradas, mas certamente é o
responsável pela criação de uma extensa rede de caminhos pavimentados,
ligando todas as regiões do continente europeu. Isso tornava o controle
do extenso império mais fácil, e o abastecimento, comércio e mobilidade
da população em geral estava garantida, fatores que fortaleciam a
economia estatal. As estradas romanas eram compostas de pedras
assentadas sobre argamassa, e muitas delas ainda estão em uso, sendo a
mais famosa a Via Appia, de aproximadamente 90 km, ligando Roma e
Terracina.
Com o declínio do império, a criação de estradas deixou de ser relevante: a população se concentra nos meios rurais, o comércio se retrai, e o que antes era um melhoramento fundamental passa a ser um luxo dispensável. Somente a partir dos séculos XVII e XVIII, quando se verifica um aumento considerável da quantidade de veículos de rodas é que as estradas passam a ser novamente preocupação do Estado. As longas viagens tornavam-se mais comuns, e os veículos da época eram equipados com aros de ferro de vários centímetros de largura para reduzir o desgaste das rodas, em meio ao atrito com a superfície irregular do solo. Outro problema era o abaulamento das estradas, ou seja, a elevação do centro da pista para facilitar o escoamento de água. Os consertos, precários em sua maioria, eram de autoria dos que moravam próximos às vias.
Em 1716, na França, é estabelecida a Corporação de Pontes e Estradas. Era a primeira vez que um governo apoiava um grupo de engenheiros civis dedicados à conservação e abertura de novas estradas, e tal iniciativa atraiu muitos interessados, dando origem a uma escola de treinamento em 1747. O aspecto paisagístico já estava presente, havendo um decreto que prescrevia que todas as estradas fossem construídas como avenidas, e que houvesse ao menos uma árvore a cada dez metros.
Os alicerces técnicos da construção de rodovias foram desenvolvidos mais tarde pelo francês Pierre Trésaguet, que modificou o modelo romano de construção, utilizando material mais leve, como por exemplo seixos nos acostamentos, para evitar o abaulamento. Os ingleses John McAdam a Thomas Telford irão aperfeiçoar os conceitos introduzidos por Trésaguet, usando um leito de rodovia plano, num terreno devidamente drenado. As pedras do calçamento eram selecionadas por tamanho. McAdam, por sua vez, considerava desnecessárias as fundações pesadas e passou a utilizar o chamado macadame, pedra de corte reto angular, que tornava o leito "flexível", pois absorvia as pressões sem se deformar, transmitindo o peso para o subsolo. Muitas cidades brasileiras, em seus pontos mais antigos, não asfaltados, ainda conservam ruas pavimentadas com os tais macadames.
O advento do asfalto, desenvolvido para acolher a nova invenção, o automóvel, muda para sempre o aspecto das estradas, que se transformam em um "tapete" negro, e gradualmente aumentam de tamanho, para acomodar o tráfego cada vez mais intenso de veículos.
Com o declínio do império, a criação de estradas deixou de ser relevante: a população se concentra nos meios rurais, o comércio se retrai, e o que antes era um melhoramento fundamental passa a ser um luxo dispensável. Somente a partir dos séculos XVII e XVIII, quando se verifica um aumento considerável da quantidade de veículos de rodas é que as estradas passam a ser novamente preocupação do Estado. As longas viagens tornavam-se mais comuns, e os veículos da época eram equipados com aros de ferro de vários centímetros de largura para reduzir o desgaste das rodas, em meio ao atrito com a superfície irregular do solo. Outro problema era o abaulamento das estradas, ou seja, a elevação do centro da pista para facilitar o escoamento de água. Os consertos, precários em sua maioria, eram de autoria dos que moravam próximos às vias.
Em 1716, na França, é estabelecida a Corporação de Pontes e Estradas. Era a primeira vez que um governo apoiava um grupo de engenheiros civis dedicados à conservação e abertura de novas estradas, e tal iniciativa atraiu muitos interessados, dando origem a uma escola de treinamento em 1747. O aspecto paisagístico já estava presente, havendo um decreto que prescrevia que todas as estradas fossem construídas como avenidas, e que houvesse ao menos uma árvore a cada dez metros.
Os alicerces técnicos da construção de rodovias foram desenvolvidos mais tarde pelo francês Pierre Trésaguet, que modificou o modelo romano de construção, utilizando material mais leve, como por exemplo seixos nos acostamentos, para evitar o abaulamento. Os ingleses John McAdam a Thomas Telford irão aperfeiçoar os conceitos introduzidos por Trésaguet, usando um leito de rodovia plano, num terreno devidamente drenado. As pedras do calçamento eram selecionadas por tamanho. McAdam, por sua vez, considerava desnecessárias as fundações pesadas e passou a utilizar o chamado macadame, pedra de corte reto angular, que tornava o leito "flexível", pois absorvia as pressões sem se deformar, transmitindo o peso para o subsolo. Muitas cidades brasileiras, em seus pontos mais antigos, não asfaltados, ainda conservam ruas pavimentadas com os tais macadames.
O advento do asfalto, desenvolvido para acolher a nova invenção, o automóvel, muda para sempre o aspecto das estradas, que se transformam em um "tapete" negro, e gradualmente aumentam de tamanho, para acomodar o tráfego cada vez mais intenso de veículos.
As 10 estradas mais incríveis do mundo
10º Autoestrada Overseas Highway, Florida Keys (Estados Unidos)
Abrindo o TOP 10 temos um representante
norte americano. Florida Keys é um arquipélago tropical de 1.700 ilhas
que se encontram ao largo da costa da península da Flórida. A Florida
Keys pode ser acessada por essa rodovia, que liga todas as ilhas do
arquipélago entre si e com o continente.
9º Estrada de Los Caracoles (Chile e Argentina)
A rodovia que passa pela Cordilheira do
Andes é extremamente sinuosa e não possui Guard Rail de proteção. Além
da falta de segurança a estrada fica coberta de neve em grande parte do
ano, o que dificulta ainda mais no trajeto.
8º Oberalp (Suíça)
Por essa bela rodovia, a terra do
chocolate fica em oitava. Localizada nos Alpes e com uma vista incrível a
estrada só fica aberta durante o verão, por causa da forte cerração que
cai durante os meses de frio, impedindo a visão dos motoristas. Mas
durante o período de não circulação de veículos a estrada vira pista de
esqui, tobogã e até caminho para escalada.
7º Iroha-Zaka (Japão)
Em sétimo lugar, uma rodovia sinuosa
localizada na montanha Iroha. Contando com 48 curvas, é um importante
local da história japonesa, pois os monges budistas usavam este caminho
para ir em peregrinação até o largo Chuzenji. Cada uma das curvas
recebeu o nome de uma letra do antigo alfabeto japonês, começando com a
letra I-ro-ha.
6º Estada Stelvio (Itália)
Os italianos ficam em sexto com uma das
estradas mais altas a cruzar os Alpes, está a mais de 2.770m de altura. A
Stelvio Pass liga Valtellina Merano, nos Alpes italianos, a Bolzano,
perto da fronteira suíça. Embora não seja tão arriscada como as outras
rodovias, tem curvas muito fechadas e uma paisagem maravilhosa.
5º Col de Turini (França)
É uma estrada nos Alpes – Sul da França. No seu ponto mais alto tem 1.607 m de altitude.
4º Estrada da montanha Jebel Hafeet (Emirados Árabes Unidos)
A rodovia adentra cortando as montanhas
de Jebel Hafeet, as mais altas dos Emirados Árabes Unidos. Com uma
extensão de 12 km sobre uma montanha de 1.219 m de altura, a vista do
alto oferece uma paisagem desértica e empoeirada.
3º Rodovia Atlântica (Noruega)
Abrindo o pódio, na terceira posição,
temos mais uma representante norueguesa. Com apenas oito quilômetros –
provavelmente bem menos do que você costuma caminhar diariamente para se
exercitar. Mas a experiência de realizar este percurso ficará guardada
na sua memória para sempre, afinal, é uma das mais belas estradas do
mundo. A Atlantic Ocean Road, conhecida como o “Caminho do Atlântico”
liga as cidades de Molde e Kristiansund e foi escolhida como a
construção norueguesa do século. Em alguns pontos passa a impressão de
acabar no nada.
2º Túnel Gouliang (China)
Com a medalha de prata, a China trás uma
representante de peso. Construída por 13 moradores do vilarejo local,
esta estrada foi escavada nas rochas da montanha Taihang e inaugurada em
1977. Foram gastos cinco anos para terminar o túnel de 1.200 m de
comprimento, 5 m de altura e 4 m de largura.
1º Camino a Los Yungas (Bolívia)
E em primeiríssimo lugar, a estrada mais
incrível desse TOP 10 é sem dúvida a rodovia boliviana. Com 70 km de
extensão, a estrada liga La Paz (capital administrativa do país) a
Corioco. Chuva, neblina, falta de espaço e falta de segurança chamam
aventureiros para esta estrada, que contabiliza 300 mortes por ano (não é
a toa que ela é conhecida com Estrada da Morte).
Fonte: Revista Galileu
terça-feira, 20 de outubro de 2015
Rota Romântica na Alemanha: roteiro de 5 dias com dicas de hospedagens e passeios
A Rota
Romântica é a rota mais popular e conhecida da Alemanha. É um percurso
de aproximadamente 380km, entre o rio Main e os alpes, que passa por
várias comunidades da região sul da Alemanha, onde a natureza
exuberante, a cultura e a hospitalidade são o grande destaque. Algumas
cidades da rota romântica, são "grandes cidades", cheias de atrações,
comércio e vida própria, mas alguns lugares são pequenas comunidades,
que quando percebemos já passamos por elas, de tão pequenas que são, mas
nem por isso, menos atraentes. Foram essas pequenas comunidades que
mais nos encantaram.
Existem basicamente três maneiras de percorrer a Rota Romântica: de carro, de ônibus ou pelas trilhas, seja de bicicleta ou a pé. Encontramos muitas famílias de bicicleta na região.
Nós optamos em fazer o trajeto de carro, principalmente pela praticidade e comodidade, ainda mais viajando com criança. Como já contei no post "Alemanha com crianças: roteiro de 13 dias conhecendo 28 cidades", viajamos por essa região sem ter reserva em hotel. O objetivo era pernoitar nas cidades que nos encantássemos, e poder fazer o roteiro com calma e sem cobrança de horários. E não é que deu muito certo? Foi a melhor decisão que tomamos.
Como sou super nervosa e organizada, claro que fui com um roteiro base, com algumas sugestões de hotéis, mas não foi preciso apelar para a minha pesquisa. Mesmo no mês de agosto, que é alta temporada, foi muito fácil achar hospedagem, e os preços das diárias foram bem razoáveis.
Existem basicamente três maneiras de percorrer a Rota Romântica: de carro, de ônibus ou pelas trilhas, seja de bicicleta ou a pé. Encontramos muitas famílias de bicicleta na região.
Nós optamos em fazer o trajeto de carro, principalmente pela praticidade e comodidade, ainda mais viajando com criança. Como já contei no post "Alemanha com crianças: roteiro de 13 dias conhecendo 28 cidades", viajamos por essa região sem ter reserva em hotel. O objetivo era pernoitar nas cidades que nos encantássemos, e poder fazer o roteiro com calma e sem cobrança de horários. E não é que deu muito certo? Foi a melhor decisão que tomamos.
Como sou super nervosa e organizada, claro que fui com um roteiro base, com algumas sugestões de hotéis, mas não foi preciso apelar para a minha pesquisa. Mesmo no mês de agosto, que é alta temporada, foi muito fácil achar hospedagem, e os preços das diárias foram bem razoáveis.
Conheça as estradas mais bonitas do mundo
O site Cars Route
fez uma seleção das estradas mais incríveis do mundo. Escolhemos
algumas para mostrar aquelas que impressionam ou por sua vista ou pelo
trajeto desafiador e cheio de curvas.
Muitos caminhos são pouco movimentados dado o grau de dificuldade para completá-los ou a distância dos grandes centros urbanos. Veja a lista abaixo:
10. Autoestrada Overseas, Florida Keys (EUA)
A
autoestrada foi construída para fazer ligação entre o grupo de cerca de
1.700 ilhas ao sul dos Estados Unidos, chamado Flórida Keys. A maior
porção de sua extensão fica sobre o mar e tem uma vista incrível.
9. Iroha-Zaka, Japão
Esta rodovia sinuosa é composta de uma pista para subida e outra para descida, ambas com 48 curvas muito fechadas. Cada uma das curvas recebeu o nome de uma letra de um alfabeto antigo japonês, começando com a letra i-ro-ha. Era muito usada por monges budistas para peregrinação.
8. Rodovia Atlântica, Noruega
A estrada foi escolhida como a construção norueguesa do século e como um dos trajetos do mundo por publicações especializadas. Com oito quilômetros de extensão, liga as cidades de Molde e Kristiansund. Com varias elevações, em alguns momentos dá a impressão de acabar no nada e é cercada por um cenário impressionante.
7. Oberalp, Suíça
A passagem entre os Alpes tem uma vista incrível. Mas só é aberta durante o verão, por causa da forte cerração que cai sobre ela nos meses mais frios do ano e impede a visão dos motoristas. Mas não pense que ela fica inutilizada, vira uma pista de esqui, tobogã e até caminho para escalada.
6. Camino a Los Yungas (ou “estrada da morte”), Bolívia
Com
quase 70 km de extensão, esta perigosa estrada conecta as cidades de La
Paz e Corioco. Yungas não tem grade de proteção, e a chuva e neblina,
comuns na região, atrapalham a visibilidade dos motoristas. Com uma
estatística de cerca de 300 mortes ao ano causadas por acidentes, hoje
ela é pouco usada, mas é mui geralmente é procurada por quem anda em
busca de aventuras.
5. Túnel Guoliang, China
Construída por 13 moradores do vilarejo local, esta estrada foi escavada nas rochas da montanha Taihang e inaugurada em 1977. Tem mais de 30 "janelas" que proporcionam entrada de luz no caminho. Tem 1.200 metros de comprimento, cinco metros de altura e quatro de largura.
4. Estada de Los Caracoles, Chile e Argentina
O caminho sinuoso que passa pela Cordilheira dos Andes não conta com grades de proteção. Com muitas curvas inclinadas, a estrada fica coberta de neve em grande parte do ano, o que a torna ainda mas desafiadora.
3. Estrada da Montanha Jebel Hafeet, Emirados Árabes Unidos
Com
uma extensão de quase 12 km sobre uma montanha de 1.219 metros de
altura, a estrada impressiona pela beleza do deserto. O caminho, que
mistura retas para alta velocidade e boas curvas é um convite para quem
gosta de dirigir. Ela termina em um local com apenas um estacionamento,
um hotel e um palácio.
2. Rodovia Lysebotn, Noruega
Mais uma representante norueguesa, esta estrada contém 27 curvas fechadas, 1,1 km de túnel e fica na cidade de Lysefjord. Com um superfície perfeitamente lisa, é uma das estradas mais divertidas desta lista.
1. Estada Stelvio, Itália
Muitos caminhos são pouco movimentados dado o grau de dificuldade para completá-los ou a distância dos grandes centros urbanos. Veja a lista abaixo:
10. Autoestrada Overseas, Florida Keys (EUA)
9. Iroha-Zaka, Japão
Esta rodovia sinuosa é composta de uma pista para subida e outra para descida, ambas com 48 curvas muito fechadas. Cada uma das curvas recebeu o nome de uma letra de um alfabeto antigo japonês, começando com a letra i-ro-ha. Era muito usada por monges budistas para peregrinação.
8. Rodovia Atlântica, Noruega
A estrada foi escolhida como a construção norueguesa do século e como um dos trajetos do mundo por publicações especializadas. Com oito quilômetros de extensão, liga as cidades de Molde e Kristiansund. Com varias elevações, em alguns momentos dá a impressão de acabar no nada e é cercada por um cenário impressionante.
7. Oberalp, Suíça
A passagem entre os Alpes tem uma vista incrível. Mas só é aberta durante o verão, por causa da forte cerração que cai sobre ela nos meses mais frios do ano e impede a visão dos motoristas. Mas não pense que ela fica inutilizada, vira uma pista de esqui, tobogã e até caminho para escalada.
6. Camino a Los Yungas (ou “estrada da morte”), Bolívia
5. Túnel Guoliang, China
Construída por 13 moradores do vilarejo local, esta estrada foi escavada nas rochas da montanha Taihang e inaugurada em 1977. Tem mais de 30 "janelas" que proporcionam entrada de luz no caminho. Tem 1.200 metros de comprimento, cinco metros de altura e quatro de largura.
4. Estada de Los Caracoles, Chile e Argentina
O caminho sinuoso que passa pela Cordilheira dos Andes não conta com grades de proteção. Com muitas curvas inclinadas, a estrada fica coberta de neve em grande parte do ano, o que a torna ainda mas desafiadora.
3. Estrada da Montanha Jebel Hafeet, Emirados Árabes Unidos
2. Rodovia Lysebotn, Noruega
Mais uma representante norueguesa, esta estrada contém 27 curvas fechadas, 1,1 km de túnel e fica na cidade de Lysefjord. Com um superfície perfeitamente lisa, é uma das estradas mais divertidas desta lista.
1. Estada Stelvio, Itália
terça-feira, 13 de outubro de 2015
Lendas da rota 666
A MULHER DE BRANCO
Qualquer estrada assombrada que se preze tem que ter uma mulher de
branco, e a Rota 666 não foge à regra. Os viajantes dizem ver o espírito
de uma jovem muito pálida vestida de branco, com semblante de
sofrimento as margens da Rodovia 666. Ela é constantemente vista, e as
pessoas que passam por ela dizem que ela transmite muita tristeza. As
pessoas dizem ainda que quando se aproximaram dela ela simplesmente
desaparece no ar. Acredita-se que este não seja um caso de espírito
maligno pois nunca houve relatos de acidentes envolvendo a jovem
fantasma.
O CAMINHONEIRO FANTASMA
Este caso, vocês irão reconhecer como sendo um dos casos do seriado
Sobrenatural, e não é por menos: o episódio em questão foi criado
baseado nessa lenda.
Pessoas obrigadas a parar no acostamento da estrada, por causa de um
pneu furado, ou qualquer problema de origem mecânica, correm o risco de
serem atingidos ou pelo menos, sofrer uma ameaça de colisão por um
caminhão. Inúmeras pessoas relatam que o caminhão aparece em alta
velocidade, atinge ou passa raspando por seus carros. Muitos acreditam
ser o espírito de um caminhoneiro revoltado que morreu em um acidente na
Rodovia 666. Segundo a lenda, o caminhoneiro teria ido parar no
acostamento por ter problemas com seu caminhão e fora atacado por forças
demoníacas, sendo assim forçado a trabalhar para o próprio diabo, tendo
desprezo por todo o ser vivo ao seu redor.
O CÃO DO INFERNO
Pessoas que percorreram o trecho sozinhas, afirmam que foram atacadas
por bandos de cães negros, violentos e ameaçadores. Esses cães são
conhecidos como “Hounds of Hell”. Diz a lenda que esses cães tem a
habilidade de correr tão rápido quanto os veículos motorizados, e as
pessoas afirmam que eles são os culpados por grande parte dos acidentes
ocorridos na rodovia 666. Alguns afirmam que os cães são tão ferozes,
que chegam a ponto de estraçalhar os pneus dos carros com seus dentes e
garras afiadas ou mesmo pulam para dentro dos carros, atravessando
janelas e até mesmo o para-brisa do veículo. Ataques bem sucedidos
dessas bestas, geralmente acabam ocasionando acidentes.
CASOS DE DESAPARECIMENTOS E PULOS INEXPLICÁVEIS NO TEMPO
Embora os casos acima já sejam um prato cheio para creditar a má fama da
estrada, ainda há um fator que chama a atenção: há relatos de pessoas
que parecem ter desaparecido misteriosamente sem deixar vestígios.
Em alguns casos as pessoas somem em uma parte da estrada e reaparecem em outra parte da rodovia sem saber como foram parar lá.
Alguns desse indivíduos desapareceram por longos períodos e
repentinamente reapareceram, como se nada tivesse acontecido, não
sabendo explicar o que houve.
Ainda existem aqueles que relatam terem demorado muito mais tempo para
percorrer uma certa distância, com base na conta dos outros e são
incapazes de explicar este fenômeno.
A história das Rotas mais misteriosas dos EUA,"A ROTA 666"(ROUTE 666).
A Rota 666, conhecida também como "estrada do Diabo", é uma autoestrada
que corta os EUA de norte a sul. Ela tem fama de amaldiçoada por causa
dos muitos acidentes que houveram ao longo do seu percurso. Entretanto,
essa estrada tão longa e perigosa, também tem fama de mal assombrada por
inúmeras lendas e espíritos. Vamos conhecer melhor a história e algumas
das mais famosas lendas que cercam esse lugar tão misterioso, que mexe
com a imaginação de quem quer que por ele percorra.
CURIOSIDADES
A Rota 666 teve seu nome posteriormente mudado para Route 491 graças a
renumeração das estradas americanas. Essa nova designação da estrada
visava mudar sua fama de amaldiçoada, já que o número 666 era visto com
maus olhos por que viajasse por ela. Entretanto, a estrada ainda é
conhecida pelo antigo nome pela maioria das pessoas.
Outro ponto interessante sobre a rodovia, é que ela atravessa duas
montanhas consideradas sagradas para os índios norte-americanos -
Shiprock e Ute Mountain - e há também ruínas indígenas em cavernas na
faixa que atravessa o Novo México. Isso pode ter intensificado o
misticismo do local, pois os povos indígenas tinham bastante zelo por
seus locais sagrados, chegando a amaldiçoar quem o "invadisse" sem
permissão.
Reza a lenda que todas pessoas que dirigem nessa estrada, estão
automaticamente amaldiçoadas. Segundo vários relatos de pessoas que
viajam pela estrada, elas são atormentados por fantasmas durante a
viagem. Vejamos agora, alguns dos fantasmas mais conhecidos - e temidos -
da rota amaldiçoada:
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José Roberto Moreira de Melo,
rota 66
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Conheça as estradas mais radicais do mundo
Em geral, as estradas são tidas como um meio de se atingir uma finalidade, o ponto de chegada. No entanto, alguns percursos podem muitas vezes revelar-se tão surpreendentes que se tornam eles mesmos um objetivo para o viajante, sobretudo para aquela espécie de viajante que gosta de flertar com o perigo, aventurar-se por paisagens radicais e deliciar-se com uma natureza em seu estado mais bruto, primitivo. Se se identificou com essa caracterização, vai adorar as dicas de estradas que separamos para você:
The Overseas Highway – Florida Keys:
A Overseas Highway ou a “estrada sobre o mar” foi construída em 1938, resultando na rodovia com cerca de 205 km que conectam o sul de Miami (Dade County, na Flórida) à Ilha de Key West, no arquipélago de Florida Key. São ao todo 42 pontes que basicamente constituem o inesquecível percurso que se estende sobre o mar azul-turquesa do Caribe norte-americano. É um delicioso programa para ser feito de carro, começando cedo para aproveitar o sol e dispondo de bastante tempo, para além de apreciar a paisagem (que pode ser feita em 4 horas) aproveitar as pequenas cidades dispostas no caminho, pitorescas e repletas de lojas, restaurantes e museus.
Iroha-Zaka – Japão:
Um par de estradas sinuosas, uma para subir e outra para descer, ligam a parte mais baixa ao redor da Central Nikko às enormes montanhas da região de Oku-Nikko – é a principal via de acesso que liga o centro da cidade de Nikko aos locais turísticos mais afastados. Possuindo 48 curvas extremamente fechadas, cada uma delas recebeu o nome de uma letra do antigo alfabeto japonês (que possui o mesmo número de letras no total), começando com a letra i-ro-ha. Já “Zaka” tem outro significado, mas igualmente emblemático: “inclinação”. Além de uma bela paisagem, é um importante local na história japonesa, uma vez que os monges budistas faziam esse caminho em peregrinação até o Lago Chuzenji. São todas essas importâncias que tornaram essa estrada uma referência no Japão.
Túnel Guoliang – China:
Da dificuldade para contornar-se a montanha Taihang, surgiu a iniciativa de 13 habitantes da cidade de Guoliang a cavar um túnel por dentro da rocha, empreendimento que começou em 1972 e foi aberto ao público em maio de 1977, depois de muitas dificuldades, incluindo a morte de alguns moradores em acidentes durante o processo. Pronto, ele conta com 1,2 km, cinco metros de largura e quatro de altura de muita curiosidade e adrenalina. Curiosidade, pois ao longo dela, se dispõem janelinhas que viraram verdadeiros pontos turísticos; e adrenalina por ser o local conhecido como “a estrada que não tolera erros”, já que, apesar do pequeno tráfego no local, o trecho é bastante perigoso e a falta de negligência é o fator mais comum na causa de acidentes ali.
Estrada do Cânion Skippers – Nova Zelândia:
Se você é apaixonado por grandes altitudes, penhascos e fortes emoções, a rodovia do Cânion Skippers pode entrar na sua lista de loucuras. Localizada ao norte de Queenstown, na Nova Zelândia, a estrada foi construída no século 19 para dar acesso a garimpeiros ao cânior de Skippers, em função da abundância em ouro encontrada no local. Ela é deliciosamente assustadora em função de estar a mais de 180 m de altura, ter um acesso estreito e ainda com o “bônus” de se situar numa região de penhascos. Para dirigir nessa estrada, para ter uma ideia, é necessária uma permissão especial. E dificilmente uma companhia de seguros cobre acidentes na região.
Conheça sete das estradas mais perigosas do mundo
Como o poeta americano Robert Frost sabia bem, o caminho menos trilhado é sempre a escolha mais interessante – pelo menos quando se trata de uma viagem.
Para tentar encontrar algumas das rotas menos percorridas e mais preciosas do planeta, perguntamos a usuários do site tira-dúvidas Quora: "Quais são as estradas mais interessantes do mundo?".Enquanto alguns internautas descreveram rotas que atravessam as regiões mais frias do mundo ou túneis com apenas 4 metros de largura, outros recomendaram estradas que, além de interessantes, são também perigosas. Conheça-as aqui.
Rodovia Nacional 5, Madagascar
Para percorrer a Rodovia Nacional 5, que vai de norte a sul entre as cidades de Maroantsetra e Soanierana-Ivongo, na costa leste deste país africano, "você precisa contratar um motorista e um mecânico", conta Anders Alm, diretor de tecnologia da WAU, uma agência de viagens que oferece excursões regulares para a ilha. "Se você está cansado do concreto, essa estrada pode ser a única maneira de mudar radicalmente".Com trechos de areia, pedras e até pontes em ruínas que o motorista precisa inspecionar antes de cruzar, a via tem 200 quilômetros, mas pode levar até 24 horas para ser percorrida de carro.
O percurso se torna particularmente arriscado durante a estação chuvosa (de dezembro a março), quando a falta de pavimentação faz a estrada ficar intransponível em vários pontos.
O lado bom? A maior parte da Rodovia Nacional 5 passa ao lado de um litoral de belas praias de areia branca e oferece vistas incríveis de florestas de palmeiras e do Oceano Índico.
Passagem Rohtang, Índia
Traduzido literalmente, o termo "rohtang" significa "pilha de cadáveres" – um nome que tem sua origem nos terríveis e mortais deslizamentos de terra que frequentemente cobrem esta estrada, localizada a 4.000 metros de altitude no leste dos Himalaias.
Isso sem falar no clima imprevisível da região, que inclui tempestades de neve e avalanches súbitas.
"Todo ano, as autoridades rodoviárias usam GPS para reencontrar a estrada sob a lama e o gelo e para retirar dela todos os escombros", diz Witold Chrab, engenheiro de Washington que percorreu a estrada de moto, em 2011.
Uma vez reaberta, a passagem é transitável entre maio e novembro. Mas a neve pode interromper o tráfego a qualquer momento. Em 2010, quase 300 turistas ficaram retidos no local.
Um túnel de 8 quilômetros está sendo construído sob a passagem para oferecer uma alternativa mais segura. Mas a rota original, que liga os vales de Kulu, Lahual e Spiti, no ponto mais ao norte da Índia, atrai os visitantes com suas vistas para as acidentadas cordilheiras, os profundos vales e um ou outro bode montanhês.
Rodovia Transfăgărășan, Romênia
A segunda estrada mais elevada da Romênia é famosa entre os entusiastas do mundo automotivo – seus 90 quilômetros de curvas acentuadas e ladeiras íngremes deram a ela o título de "melhor estrada do mundo" entre a equipe do programa Top Gear, da BBC. Mas são poucos os motoristas comuns que a conhecem.Construída nos anos 70 para ser uma rota de uso militar para o caso de uma invasão, a estrada liga as duas montanhas mais altas do sul dos Cárpatos, Moldoveanu e Negoiu, e chega aos 2.034 metros de altitude.
"Se você gosta de trocar de marcha a cada três ou quatro segundos, vai se divertir aqui", diz o romeno Razvan Baba. Quer ainda mais diversão? Segundo Baba, é difícil encontrar algum policial para fiscalizar o limite de velocidade de 40 km/h. Mas ele avisa: acelerar nessas curvas é quase impossível.
Eyre Highway, Austrália
Carl Logan, um policial de Perth, alerta os demais internautas que esta faixa de 1.100 quilômetros no sul da Austrália pode parecer "chata e monótona" à primeira vista, mas na verdade propicia grandes aventuras – principalmente por causa dos animais que vivem por ali."Você poderá avistar cangurus, emas e até camelos", conta. Os animais selvagens tornam a estrada mais perigosa, já que eles podem danificar gravemente um veículo.
As horas mais arriscadas para percorrer a via, que liga as cidades de Norseman e Ceduna, são o amanhecer e o pôr-do-sol, quando a maioria dos animais tenta atravessá-la.
Mas aqueles que decidirem viajar de noite são recompensados. "Como não há nenhuma aglomeração urbana por perto, as estrelas serão as mais brilhantes que você vai ver em toda a sua vida", diz Logan.
Rodovia Prithvi, Nepal
Esta estrada percorre 174 quilômetros entre Katmandu e Pokhara, e passa por locais como o Annapurna, a décima montanha mais alta do mundo, e o parque nacional ao redor dela.Mas as vistas espetaculares oferecidas na viagem podem custar caro. "Além do lindo visual dos Himalaias, você vai encontrar veículos que acabaram caindo nos abismos", diz Janet M. Foley, moradora de Las Vegas que recentemente percorreu a estrada.
A rota também passa por alguns dos lugares religiosos mais importantes do país, como o templo sagrado de Manakamana.
Foley conta que para aproveitar melhor a estrada, o melhor é percorrê-la em um só sentido e depois voltar de avião, em vez de testar a sorte duas vezes.
Rodovia Kolyma, Rússia
Os moradores locais chamam a Kolyma, ou M56, de "Trassa", ou seja "A Estrada", por ser a única via principal nesta região desolada e congelada do leste da Sibéria.Outro apelido é "estrada dos ossos", em referência à trágica história da rodovia: ela foi construída pelas centenas de milhares de prisioneiros políticos que foram exilados na região durante o regime de Josef Stalin, entre os anos 30 e os anos 50.
Milhares foram fuzilados por não trabalharem duro, enquanto outros morreram por causa das condições brutais do lugar. O frio também fez suas vítimas: com temperaturas que podem chegar a -70ºC, a Kolyma fica na área inabitada mais gelada do mundo.
Muitos dos mortos eram simplesmente enterrados sob as fundações da estrada.
Depois de ter passado décadas sem manutenção, a estrada foi percorrida de moto pelo ator Ewan McGregor e pelo apresentador Charlie Boorman em 2004 para um programa de televisão da Grã-Bretanha.
A Kolyma se tornou rodovia federal em 2008 e começou a atrair motoqueiros particularmente aventureiros e amantes do frio.
Hoje, os 2.031 quilômetros de estrada ainda são conhecidos como "os mais gelados do mundo", diz o viajante Fillipp Peresadilo, com neve caindo mesmo nos meses de verão.
Ela também continua a ser uma das mais desertas estradas do planeta, já que poucos viajantes a conhecem e não sabem sua trágica história.
Túnel Guoliang, China
Durante várias décadas, o pequeno vilarejo de Guoliang, localizado no topo de um penhasco na cordilheira de Taihang, no leste da China, só podia ser visitado por quem escalasse a montanha a pé.Depois que o governo se recusou a construir uma estrada para o local, os residentes decidiram arregaçar as mangas. De 1972 a 1977, eles usaram explosivos e pás para cavar um túnel de 1,2 quilômetros. Alguns morreram na empreitada.
Perigosa ao ser construída, a estrada também é arriscada para ser percorrida de carro. Empoleirado no topo de um penhasco e medindo apenas 4 metros de largura, o túnel é particularmente traiçoeiro depois das chuvas, por se tornar muito escorregadio.
Trinta "janelas" abertas nas paredes de pedra, no entanto, dão ao viajante chance de vislumbrar o vale lá embaixo.
"A China é o melhor lugar para visitar se você está procurando estradas radicais", diz o internauta Lewis Shaw. "Só não se atreva a olhar para baixo!".
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terça-feira, 29 de setembro de 2015
E TEM MAIS HISTÓRIA SOBRE A ROTA 66...
A Rota 66, rodovia histórica com quase 4
mil quilômetros, já foi retratada em diversos livros e filmes, além de
ser tema de músicas conhecidas. Uma das obras que mais chamaram atenção,
no entanto, foi On the road, considerada a bíblia do movimento
beat, escrita pelo norte-americano Jack Kerouac. Nesta sexta-feira,
estreia, no Brasil, o filme homônimo, dirigido por Walter Salles, que
exibe como cenário as paisagens do Velho Oeste, com seus cafés de beira
de estrada, Cadillacs circulando na pista e pessoas pedindo carona em
busca de aventura e liberdade.
Hoje, a Rota 66 foi desativada. Mesmo
assim, vários trechos estão conservados e alguns foram revitalizados. O
trajeto conta com uma boa rede de lanchonetes, hotéis (ou motels, como
são conhecidos nos EUA), museus, parques, postos de gasolina abandonados
e cidades-fantasmas, atraindo turistas de todo o mundo. As agências de
viagem estão de olho nesse público aventureiro e têm pacotes para cruzar
a rodovia, que incluem aluguel de motos (ou carros) e equipe de apoio.
Veja um roteiro que reúne as conhecidas atrações do fim da década de
1940 — época em que se passa a história do livro/filme — e também as
erguidas recentemente. É hora de arrumar a mochila e cair na estrada.
Enquanto a maioria dos viajantes percorre
as estradas com pressa, querendo chegar logo ao destino, outros
preferem aproveitar o caminho. É o caso dos personagens Sal Paradise
(Sam Riley), Dean Moriarty (Garrett Hedlund) e Marylou (Kristen Stewart)
do filme Na Estrada, dirigido pelo brasileiro Walter Salles. A
história, baseada no livro On the Road, de Jack Kerouac, se passa no fim
dos anos de 1940, uma época em que muitos jovens estavam desbravando o
Oeste dos Estados Unidos pela mítica Rota 66.
Hoje, a Rota 66 já não é mais a mesma. Em 1985, deixou de fazer parte do US Highway System, o sistema de autoestradas do governo norte-americano. Alguns trechos foram substituídos por rodovias mais modernas e outros foram abandonados. Mas ainda existem muitos locais preservados, graças às associações históricas de cada estado, e que continuam atraindo viajantes do mundo inteiro. Inclusive, há a Rota Histórica 66, com diversas atrações.
Há diferentes opções para se percorrer a Rota 66. Algumas empresas alugam motos e carros para viagem, que podem ser retirados e devolvidos em cidades diferentes. Entre as motos, a queridinha é a clássica Harley-Davidson.
O segundo maior rio dos Estados Unidos, o
Mississippi, é uma das atrações para os viajantes da Rota 66. É lá que
se encontra a ponte de aço Chain of rocks, construída em 1929, que
ligava os estados de Illinois e Missouri. Nos anos de 1930, abrigou um
importante trecho da 66. Entretanto, o número de automóveis cresceu
muito e a ponte ficou estreita. Hoje, a Chain of rocks é usada por
pedestres e ciclistas, mas continua sendo um belo cartão-postal e vale a
parada.
Uma atração à parte nas proximidades da Rota 66 é a visita a alguns dos principais parques nacionais dos Estados Unidos. Um deles é o Zion National Park, no qual os turistas podem apreciar a paisagem de dentro dos cânions. Outro atrativo é o Lake Powell, uma reserva natural que fica entre os estados de Arizona e Utah.
O mais conhecido entre todos é o Grand Canyon, considerado por muitos viajantes experientes como um dos lugares que toda pessoa deve conhecer antes de morrer. Fica a cerca de uma hora da Rota 66, entrando pela cidade de Williams, Arizona, sendo que o trajeto também pode ser feito de trem pela Grand Canyon Railway. Trata-se de um imenso vale (que se estende por 446km), moldado pelo vento, pelas chuvas e pela erosão ao longo do tempo.
O passeio básico consiste em percorrer as trilhas que margeiam a borda do despenhadeiro, enquanto o roteiro mais rústico é a descida até o fundo do cânion em mulas. Existe, ainda, uma passarela de vidro e aço no alto da encosta, inaugurada em 2007, a Grand Canyon Skywalk. Diversas outras montanhas podem ser observadas pelo caminho da Rota 66. Além de imensidões de desertos, como os de Mojave (Califórnia) e do Arizona.
Mesmo muito diferente do que era na
década de 1940, a Rota 66 sobrevive também graças aos aventureiros.
Desde os trechos abandonados até as tradicionais placas, aos
estabelecimentos comerciais, as antigas e as novas construções e as
paisagens impressionantes, tudo parece perfeito para viver grandes
emoções. A rodovia traz um fascínio inexplicável e é ponto certo para
querem realizar um sonho. Confira as histórias e dicas de quem já passou
por lá.
“Em abril de 2011, eu e minha noiva
realizamos o sonho de percorrer a legendária Rota 66. O percurso
escolhido começa em Seligman, Arizona, e termina na famosa cidade
Oatman, também no Arizona. Foram 150km deslumbrando paisagens
magnificas, retas sem fim, postos de combustíveis desativados, veículos
antigos, cidades-fantasmas… Fizemos o percurso de carro e, com a ajuda
de mapas, conseguimos encontrar o acesso à Historic Route 66, que tem
esse nome porque representa a estrada original, prevalecendo o antigo
asfalto, as paisagens, entre outras relíquias. Pernoitamos em Kingman,
uma belíssima cidade com uma infraestrutura adequada para viajantes da
Rota. Lá, há um maravilhoso clima fresco ao anoitecer proporcionado
pelas montanhas. De Kingman até Oatman são apenas 35km, percorrendo
montanhas e desfiladeiros. É aconselhável que esse percurso seja feito
descansado. O nível de atenção aumenta com a chegada de incríveis curvas
limitando a velocidade a no máximo 20km/h. A paisagem é uma recompensa.
Ao chegar em Oatman, a sensação é de participar daqueles filmes antigos
de faroeste com pequenos teatros improvisados pelos moradores da
cidade.”
Sérgio Ricardo Mendes, 33 anos, gerente financeiro
Sérgio Ricardo Mendes, 33 anos, gerente financeiro
Juliano Almeida, 30 anos, administrador
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ROTA 66: A MAIS FAMOSA DOS ESTADOS UNIDOS
Envolta por muita magia e misticismo, a Rota 66 é a primeira estrada pavimentada dos Estados Unidos. Também conhecida pelos nomes de “Will Rogers Highway”, “Main Street of America” e “Mother Road”, é um verdadeiro ícone e sonho de todo motociclista! Como eles mesmos dizem “é a estrada mais desejada para uma viagem sobre duas rodas no mundo”.
Tendo seu trajeto entre Chicago e Los Angeles, a estrada totaliza quase 4 mil quilômetros, passando por estados como Kansas, Texas, Arizona, Califórnia entre outros. Desde sua criação, em 1926, a Rota 66 sofreu alterações que melhoraram muito o trajeto ao decorrer de suas estradas. No início, ela era extremamente perigosa e até surgiram lendas envolvendo motocicilicstas em torno de seus percursos mais arriscados. Trechos mais rápidos e seguros foram incorporados à rodovia, que hoje pode ser trafegada com a tranquilidade e segurança, é claro, dependendo do senso de responsabilidade de cada motorista.
A HISTÓRIA E O TRAJETO DA ROTA
Em primeiro lugar, a Rota 66 ficou famosa por ser o caminho mais usado durante os anos 30 para as migrações internas. Assim, se tornou economicamente importante às comunidades situadas no decorrer de sua extensão e deu a muitas delas prosperidade e um bom futuro. Fatores estes que fizeram com que os moradores mais tarde lutassem para manter a Rota 66 ativa. Porém, com a criação de rodovias interestaduais, em 1985 ela foi oficialmente retirada do Sistema de Rodovias Americanas.
Assim como grande parte das estradas americanas, a maior parte da rodovia foi construída em terreno plano. O local oficial de nascimento da Rota é Springfield, em Missouri, onde há até uma placa em homenagem à rodovia.
Ao longo da década de 60, ela se tornou a queridinha dos turistas que passavam pela costa oeste dos Estados Unidos e, por isso, ao longo dela, vários novos estabelecimentos surgiram. O primeiro drive-in foi aberto na própria Springfield e o primeiro McDonald’s do mundo surgiu em San Bernadino, no estado da Califórnia, ambos situados às margens da lendária rodovia. Outros vários fast-foods foram “inventados” por toda a extensão da 66, sem contar as dezenas de motéis – originalmente denominados de “motor hotel”.
Hoje a rodovia possui faixas duplas, triplas e até quádruplas, dependendo da densidade do tráfego local e foi toda substituída por rodovias interestaduais. É interessante destacar que, desde que a Rota 66 foi oficialmente desativada e transformada em estradas que interligam estados, em meados da década de 80, constantes movimentos de grupos que pedem a preservação da rota se mobilizam para que a herança cultural, histórica e turística da famosa 66 não se perca com o crescimento urbano.
Dezenas de cidades que eram passagem da rodovia atualmente prestam diversos tipos de homenagem a ela, como monumentos com emblemas e até eventos que acontecem anualmente fazendo menção à mística Rota 66.
Como tributo à sua história, a rodovia já foi palco de gravação de filmes e desenhos animados.
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terça-feira, 25 de agosto de 2015
Teste mostra que pneu cantando é sinal de perigo
O que os olhos não veem o coração pode não sentir, mas o carro sim. Se você escutar seu carro cantar pneus em velocidade baixa e perceber certa imprecisão no volante, cuidado: seu carro pode estar desalinhado. Por baixo de uma aparente normalidade, pode haver deficiências no contato dos pneus com o piso, com diversas consequências. A alteração pode ter origens diversas. As rodas podem ter batido contra algum buraco ou obstáculo ou, simplesmente, ocorrer devido ao desgaste natural dos componentes da suspensão. Os especialistas recomendam conferir o alinhamento da direção a cada 10 000 km ou na ocorrência de algum incidente que possa causar avarias no veículo, mesmo que, visualmente, esse evento não tenha tido maiores consequências. Muita gente negligencia esse tipo de cuidado porque, como toda manutenção preventiva, o serviço de alinhamento só se revela útil quando deixa de ser feito e surgem os problemas.
Para demonstrar o que acontece com um carro que roda desalinhado, levamos nosso Ka do teste de Longa Duração para a pista e comparamos seu comportamento com o alinhamento dentro das especificações de fábrica e com as rodas dianteiras desalinhadas cerca de 8 milímetros cada uma, reproduzindo um desvio que pode existir após 10 000 km de uso. O teste consistiu em rodar em velocidades crescentes, em uma curva de raio constante, avaliando o controle direcional do carro. Como dados objetivos, registramos as medidas de velocidade e aceleração lateral (g). O local do teste foi o Campo de Provas da GM, em Indaiatuba (SP), em uma pista apropriada para esse tipo de avaliação, cujo raio de curva é de 65 metros. Ao volante, contamos com a consultoria e colaboração do piloto da Pirelli, César Urnhani, especialista em testes de desenvolvimento de pneus.
“Comecei a escorregar”
Com as rodas dentro do alinhamento preconizado pela fábrica, o piloto conseguiu levar o Ka à velocidade de 54,3 km/h, com uma força lateral de 0,77 g, sem perder a trajetória. O teste foi realizado nos dois sentidos da pista, como forma de avaliar e neutralizar qualquer desequilíbrio entre os dois lados do veículo. Depois, já com as rodas desalinhadas, Urnhani não passou de 49,8 km/h, com uma aceleração lateral de 0,71 g.
A explicação para essa diferença é que, uma vez fora das especificações da Ford, os pneus do Ka perderam área de contato com o piso. “Foi por isso que eles começaram a cantar mais cedo”, diz Urnhani. O piloto notou que, no primeiro ensaio, os pneus cantavam a partir de 51 km/h e, no segundo, já se manifestavam a 45 km/h. Cantada de pneu não tem nada de sedutor. Pelo contrário. “É o pneu dizendo: ‘estou no limite, comecei a escorregar’”, afirma Urnhani.
À primeira vista, 4,5 km/h e 0,06 g podem parecer diferenças pequenas. Mas, se o nosso Ka, continuasse a rodar sem manutenção, o desalinhamento cresceria e as consequências seriam maiores. O desvio de 8 milímetros aumentaria e os pneus com contato precário se desgastariam de modo pouco uniforme, diminuindo progressivamente sua capacidade de aderência e sacrificando componentes da suspensão. “Os defeitos se agravam de forma exponencial”, diz Urnhani. Depois de 5 000 km, a diferença de velocidade poderia pular para 15 km/h, e depois para mais, até ocorrerem danos graves que impediriam o veículo de se movimentar, se ninguém fizesse nada.
Nós realizamos o teste em uma trajetória curva, por ser uma situação de aderência e estabilidade direcional mais crítica e fácil de demonstrar a influência do alinhamento no comportamento do carro. Mas as dificuldades ocorrem também em linha reta. Com as rodas desalinhadas, existe maior resistência ao rolamento porque o pneu roda meio de lado, sendo arrastado (o que força a roda a sair ainda mais de sua posição original). Como consequência imediata, há o desgaste dos pneus, o comprometimento da dirigibilidade e o aumento do consumo de combustível. Em uma frenagem, dependendo do estado do pneu, como a área de contato é menor, pode aumentar substancialmente a distância de parada, além do risco de desvio da trajetória, que pode puxar tanto para a direita quanto para a esquerda. E cai também a capacidade de escoamento de água em dias de chuva.
O cantar é sintoma de algo errado, mas pode não ser em razão de desalinhamento, e sim por problemas de calibragem. Por esse motivo, além de calibrar os pneus toda semana, vale fazer um exame visual da banda de rodagem, para verificar se existe desgaste irregular. Mas não adianta olhar o pneu pela lateral, é necessário examinar a banda de rodagem inteira. Isso porque o desgaste provocado pelo desalinhamento ocorre na parte da banda que fica escondida pelo pára-lama. Dependendo do tempo que o carro roda desalinhado, seus olhos verão. E, se seu coração não sentir, o bolso certamente acusará o golpe.
BALANCEAMENTO
O objetivo do balanceamento das rodas, como o nome diz, é balancear as massas do conjunto roda e pneu que, por algum motivo, podem estar em desequilíbrio. O primeiro sinal de que a roda está desbalanceada é uma vibração sentida no volante, quando a roda com problemas está no eixo dianteiro, ou no assoalho, no caso do eixo traseiro. Além do desconforto, porque o pneu literalmente pula como se fosse uma bola de basquete, essa vibração compromete a estabilidade e provoca desgaste irregular dos pneus, diminuindo a vida útil dos componentes da suspensão, como amortecedores, buchas e borrachas.
GEOMETRIA ANALÍTICA
Alinhar a direção significa ajustar três pontos da geometria da suspensão – a suspensão engloba todo o conjunto de molas, amortecedores, braços e também os pneus e componentes do sistema de direção –, que são conhecidos como divergência (ou convergência), câmber (ou cambagem) e cáster. A divergência (1) é a posição das rodas em relação a um plano longitudinal. O câmber (2) é o ângulo formado pela inclinação da roda em relação ao plano vertical. E o cáster (3) é o ângulo formado pelo eixo da direção e pelo plano vertical. Em uma bicicleta, é a inclinação do garfo que cria esse ângulo. O câmber e o cáster, normalmente, só se alteram em razão de acidentes ou avarias, enquanto a divergência muda em decorrência do uso do veículo (acidentes ou avarias também).
Pequenas coisas que evitam dores de cabeça durante a viagem
José Roberto Moreira de Melo
Ola, sou o José Roberto Moreira, mais conhecido como Zé Beto. Nasci em Caxambu, sul de Minas Gerais. Desde pequeno sou alucinado por estradas e viagens.
Roteiro de férias definido, carro revisado, malas prontas. Tudo pronto para embarcar. Se você quer fazer uma viagem ainda mais tranqüila, vale a pena conferir a lista que preparamos. São coisas simples, que podem ser feitas com facilidade, mas são capazes de prevenir pequenos e grandes incômodos.
Planeje o percurso
Nnão custa nada checar se o trajeto para chegar ao destino ainda é o mesmo. Guias on-line como o Google Maps são gratuitos e fáceis de serem utilizados. De quebra, você ainda pode descobrir uma rota mais curta ? ou agradável.
Horário
Evite os horários nos quais o sol está próximo à linha do horizonte, seja no início do dia ou ao final da tarde. A luz direta dificulta a visão, compromete a noção de distância e profundidade, e desconcentra o motorista. Pode também causar dores de cabeça aos fotossensíveis. Leve sempre um par de óculos escuros. Planeje seu horário também pensando na rota até a estrada. Poucas coisas são mais incômodas que começar uma viagem com um engarrafamento.
Documentação
Muitos se lembram das taxas e impostos do automóvel, mas e a validade da habilitação? É um detalhe que pode passar despercebido e encerrar a viagem no caso de uma blitz.
Se você nunca trocou o pneu do seu carro, vale a pena conferir como funciona o macaco e onde ele deve ser instalado ? normalmente estas instruções estão no manual ou no próprio macaco. Não deixe para aprender isso na estrada. Uma toalha e uma capa de chuva podem ser a sua salvação, se a troca precisar ser feita sob condições torrenciais.
Repouso
Cuidado com baladas na véspera, mesmo as moderadas. O organismo demora para digerir o álcool e a qualidade do sono tende a ser pior. A viagem pode se tornar uma tortura se você não estiver bem descansado ? sem mencionar a perigosa perda de reflexos e a sonolência.
Alimentação
Tome um café da manhã reforçado, sem exagerar na quantidade. Frutas e fibras são bem-vindas. Nas refeições feitas na estrada, cuidado com produtos derivados de maionese, leite, ou alimentos que você não está acostumado a comer. Barras de cereais são valiosas para enganar o estômago de maneira rápida, sem sujar as mãos ou o carro.
Música
Amaioria das rádios deixa de funcionar em um raio inferior a 100 quilômetros da cidade. Levar uma coletânea de suas bandas favoritas é uma boa maneira de combater o tédio ou de entrar numa roubada musical.
Dinheiro
Leve sempre um dinheiro extra, mais que o necessário para pedágios. Aquele restaurante ou posto de gasolina no meio do interior pode não aceitar a bandeira do seu cartão ou só trabalhar com cheque e dinheiro vivo. Deixe o dinheiro dos pedágios preparado no console, assim você ajuda o trânsito nas paradas e reduz o seu tempo de viagem.
Higiene
Um saco de vômito pode ser a salvação de seu carro no caso de um passageiro se sentir enjoado. Levar um rolo de papel higiênico também não é má idéia ? nunca se sabe onde uma parada emergencial precisará ser feita. Um pano seco pode ajudar a limpar suas mãos se você precisar trocar um pneu na estrada. Para lavá-las, use o esguicho do pára-brisa como paliativo.
Flanela e spray anti-embaçante
Essa vale mais para os carros sem ar-condicionado. Guiar sob chuva já requer cuidados extras, fazê-lo sem visibilidade representa um perigo exponencial.
Acostamento
Se você precisar parar por algum motivo, muito cuidado com os carros de trás ao reduzir a velocidade, e atente ao degrau existente entre o acostamento e a via. É fácil perder o controle do carro ali. Segure firme o volante, pois a direção tende a esterçar sozinha no degrau.
Pausas
Não queira cobrir todo o trajeto de uma vez. Mesmo em viagens curtas, uma simples parada para se espreguiçar e ir ao banheiro oxigena o corpo, estimula a circulação e renova as energias. São cinco minutos que deixam a viagem mais agradável e que combatem a sonolência. Nos trajetos longos, vença o orgulho e alterne a direção com outros motoristas. Dirigir por muito tempo reduz a percepção espacial e os reflexos, mesmo quando se está sem sono.
José Roberto Moreira de Melo
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Situações que podem acontecer na estrada e as dicas para enfrentá-las
Não basta apenas elaborar o roteiro, fazer as reservas de hospedagem e carregar a bagagem. Além de fazer uma boa revisão no veículo, é preciso estar sempre atento a tudo que se poderá enfrentar durante a permanência na rodovia. Reunimos aqui algumas situações que podem acontecer e damos as dicas para você cair na estrada sem problemas.
ANIMAIS NA PISTA
Ao avistar animais andando na pista ou nas proximidades, olhe pelo espelho retrovisor para verificar se existem carros perto, reduza imediatamente a velocidade e redobre a atenção. Procure passar sempre por trás dos bichos. Nunca buzine. Isso pode assustá-los. Da mesma forma, faróis altos à noite podem paralisá-los à sua frente, o que só aumenta o risco de acidente. É preferível parar e esperar que passem, procurando sinalizar a outros motoristas sobre o perigo.
BEBIDA ALCOÓLICA
Está provado cientificamente que o álcool provoca alteração da coordenação motora e diminui os reflexos. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) teve seu Artigo 165 do Capítulo XV, considera gravíssimo o ato de dirigir sob influência de álcool ou entorpecentes e pune os infratores com a perda da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), alterado. A partir do decreto de junho de 2008, dirigir sob influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência é considerada infração gravíssima. Na fiscalização, o condutor é submetido a testes de alcoolemia por aparelhos homologados pelo Contran, os chamados bafômetros. Aos olhos da lei, estar bêbado é ter mais de 0,6 grama de álcool por litro de sangue – o equivalente a duas doses de uísque ou duas latas de cerveja para uma pessoa que pesa 70 quilos. Ainda deve-se levar em conta o metabolismo individual. Em teoria, quanto mais se come, menos os efeitos do álcool são sentidos. O tempo de recuperação para quem bebeu pouco mais de duas doses de uísque é de, no mínimo, três horas. Acima disso, é melhor pegar o volante só no dia seguinte. O ideal é nunca dirigir depois de beber. Ou nunca beber se for dirigir. Confira:
- Um copo de cerveja ou uma taça de vinho: 0,2 g/l – Você fica um pouco mais confiante, mas ainda está tudo bem. A bebida não é suficiente para causar alterações neurológicas
- Uma dose de uísque ou uma latinha de cerveja: 0,3 g/l – Sua noção de distância e de velocidade fica prejudicada. Um carro que parece longe está um pouco mais perto do que você imagina
- Duas taças de vinho ou dois copos de cerveja: 0,4 g/l – Os reflexos ficam comprometidos e você perde a capacidade de responder rapidamente a situações de perigo demora mais para acionar o freio, por exemplo)
- Duas doses de uísque ou duas latas de cerveja: 0,6 g/l (limite máximo permitido no Brasil) – Sensação de euforia. Você perde a noção de perigo. O risco de acidentes dobra
- Quatro taças de vinho ou quatro copos de cerveja: 0,8 g/l – Sensação de calor e rubor facial. Você perde a coordenação motora e a noção de detalhes. Ainda consegue dirigir, mas suas reações são muito mais lentas
- Quatro doses de uísque ou quatro latas de cerveja: 1,2 g/l – Você está intoxicado. Não consegue fazer o raio correto de uma curva, nem seguir as faixas de trânsito
- Cinco latas de cerveja ou uma garrafa de vinho: 1,5 g/l – Você é incapaz de se concentrar no trânsito. Perde a memória e a capacidade de julgamento. Está a um passo de apagar ao volante
A multa é de R$ 957.50 e o motorista tem sua carteira suspensa por 12 meses. O veículo fica retido até a apresentação do condutor habilitado. O caso fica mais grave se o condutor alcoolizado se envolver em crimes de trânsito. A penalidade pode chegar de seis meses a três anos de detenção, além da proibição de dirigir veículo automotor.
COM CHUVA
Estradas molhadas (e mesmo ruas) exigem sempre maior atenção do motorista, já que ficam escorregadias. Com chuva mais intensa, o carro da frente vai levantar uma cortina de água, atrapalhando ainda mais a visão. Reduza a velocidade, não dê guinadas bruscas no volante, acenda os faróis, aumente a distância em relação ao veículo que trafega à sua frente e não freie de forma abrupta. É mais seguro pressionar o pedal do freio progressiva e suavemente. Se possível, desvie de áreas com maior acúmulo de água para evitar o efeito da aquaplanagem. Ao frear a 80 km/h e com pista seca, um veículo geralmente percorre 30 metros até parar. Com pista molhada, essa distância passa a ser de 45 metros ou mais.
CURVAS
Ao se aproximar de uma curva, deve-se frear antes, desacelerando o carro. Tente aumentar seu raio de curva, ficando o mais possível do lado oposto (se a curva for à direita, posicione o carro bem à esquerda, sem invadir a outra faixa; aproxime-se do acostamento se a curva for para o outro lado), até que comece a entrar nela. Só então retome a aceleração de forma gradativa, deslocando o carro para o centro da pista. Isso ajuda a dar mais aderência ao veículo. Não faça a curva dando golpes bruscos ou soquinhos no volante. Vire a direção com suavidade até o ângulo certo e nunca freie no meio da curva. O carro pode derrapar ou até capotar se as rodas travarem. Se entrar rápido demais, tire o pé do acelerador e reduza a marcha, mesmo que o motor suba de rotação. Apenas nessa situação, com maior controle do carro, você poderá usar moderadamente o freio.
DESLOCAMENTO DE AR
Deve-se ter bastante atenção ao ultrapassar ou ao ser ultrapassado por um caminhão ou ônibus. Veículos pesados provocam grande deslocamento de ar, que faz com que seu carro balance. Segure o volante com firmeza e mantenha a trajetória mais reta possível.
DIRIGIR À NOITE
Guiar à noite requer maior concentração e menor velocidade. As luzes dos veículos na direção contrária podem atrapalhar a visão. Leve em conta que trafegar à noite dá mais sono ainda em quem já está cansado. Evite manter os olhos em um ponto fixo. Use as faixas ou os olhos de gato de marcação das pistas como referência. Se não houver nenhum tipo de sinalização ou não conhecer a estrada, mantenha uma distância maior e utilize as luzes traseiras do carro que estiver à sua frente para se guiar. Assim você poderá saber com antecedência o sentido das curvas, por exemplo. O mesmo serve para situações de neblina intensa. Nunca use farol alto quando houver veículos na sua frente ou vindo na direção contrária. O farol de milha, de longo alcance, é bastante útil. Ele produz um facho estreito de luz branca, como a projetada por um spot de teatro, que pode alcançar até 500 metros de distância.
NEBLINA
Durante o dia ou à noite, o perigo da neblina é o mesmo, dificultando a visibilidade do motorista. Trafegue em baixa velocidade e mantenha distância ainda maior em relação ao carro da frente. Evite fazer ultrapassagens, acenda os faróis baixos e, se tiver, os especiais para neblina. Nunca utilize farol alto. A luz reflete nas gotículas responsáveis pelo nevoeiro, voltando para os olhos do motorista. Ou seja, a luminosidade do farol alto bate de frente com a névoa branca da neblina, impedindo que se tenha a visão do que está à frente. Para esse caso, há o farol de neblina, que pode ter cor branca (melhor) ou amarela e tem um facho mais curto e mais largo, atingindo as laterais da estrada, e alcance entre 10 e 15 metros. Ilumina até 30 cm acima do solo, porque é a partir dessa altura que a neblina normalmente se forma. Use as marcações da pista ou as luzes traseiras do carro à frente como referência do caminho a seguir.
OBJETOS E BAGAGEM
Nunca carregue o compartimento de bagagens com peso acima da capacidade do veículo. Procure distribuir os itens, conforme seu peso e tamanho, garantindo equilíbrio ao automóvel. Evite que os objetos transportados fiquem soltos (em uma freada eles podem atingir os ocupantes ou provocar danos ao carro) e ultrapassem o limite do compartimento de bagagem, impedindo a visibilidade do motorista. Tenha essa preocupação mesmo que seu carro seja uma perua ou picape. Isso evita que o carro fique instável e ainda ajuda a manter a média normal do consumo de combustível.
QUEIMADAS
Em épocas de seca, quando a vegetação ao lado da pista fica ressecada, é comum ocorrerem incêndios. Às vezes o fogo é causado por pontas de cigarro atiradas por motoristas irresponsáveis. Em conseqüência, a intensa fumaça formada pode atrapalhar a visibilidade. Ao encontrar uma situação assim, reduza a velocidade e acenda os faróis baixos. Se a visibilidade estiver muito prejudicada, melhor parar no acostamento, o mais longe possível da pista, com o pisca-alerta ligado, e esperar que a fumaça diminua.
SINAIS
Existem vários sinais que são utilizados para uma comunicação visual na estrada por caminhoneiros e motoristas de ônibus e carros. Saber o significado deles é bastante útil. Aprenda a traduzir, e a usar, alguns deles: · Duas buzinadas – Rápidas, em toques curtos, significam um agradecimento. Pode ser porque o motorista da frente permitiu ou facilitou a sua ultrapassagem. Um “obrigado” sonoro. · Piscar faróis com intervalos – É usado para indicar para os veículos que trafegam no sentido oposto que eles encontrarão algum problema adiante e que devem reduzir a velocidade. Pode ser um acidente ou queda de barreira, por exemplo. · Piscar faróis com insistência – É um aviso de que o carro que segue à frente na pista está com algum tipo de problema. · Piscar os faróis e buzinar – Se o carro que vem atrás do seu piscar os faróis e buzinar com insistência, ele pode estar com problemas e está pedindo passagem. · Seta esquerda ligada – Se o veículo da frente ligar a seta esquerda, saiba que ele está avisando para que você não faça uma ultrapassagem naquele momento, já que provavelmente há um outro carro vindo no sentido oposto. · Seta direita acionada – A sinalização indica que, a princípio, pode-se fazer a ultrapassagem, já que não deve haver nenhum outro veículo vindo em direção contrária. Porém, procure sempre se certificar disso, já que o motorista que sinalizou pode cometer um engano de cálculo.
SONO
Viajar durante o dia sempre é mais seguro. Se tiver que ser à noite, procure descansar bastante já no dia anterior. Se o sono bater, não lute contra ele. Não adianta pedir para que os outros passageiros conversem com você ou, se estiver sozinho, ligar o ar-condicionado, o rádio no máximo ou cantar. Pare o carro num local seguro e durma, nem que seja por meia hora.
ULTRAPASSAGENS
É durante as ultrapassagens que acontece o maior número de acidentes nas estradas, principalmente por imprudência e falta de perícia durante sua execução. Procure ser sempre preciso ao calculá-la. As dicas são as seguintes: obedeça à sinalização da pista, sempre dê seta antes para indicar seus movimentos e só ultrapasse pela esquerda, nunca pelo acostamento. Se necessário, buzine levemente para avisar o carro que está ultrapassando e mantenha uma distância segura dele. Volte logo à sua faixa. Não ultrapasse nunca em curvas e aclives, a não ser que tenha total visibilidade da pista contrária, nem quando a faixa amarela que divide a pista for contínua. Na chuva, a atenção tem de ser redobrada. Só faça uma ultrapassagem com absoluta certeza de que conseguirá completá-la sem colocar em risco sua segurança e a dos demais veículos. Ao ser ultrapassado, não tente apostar corrida e facilite a manobra diminuindo sua velocidade até que o outro carro passe e atinja uma distância segura.
VENTOS LATERAIS
Durante uma viagem, você já deve ter sentido seu carro balançar, principalmente em trechos de estrada mais abertos e desprotegidos. Uma rajada de vento lateral pode desestabilizar seu carro, a ponto de fazê-lo sair da pista. Um bom indicativo desse tipo de ocorrência são as árvores e arbustos dispostos ao longo da estrada. Verifique se estão balançando muito. Se estiverem, reduza a velocidade e segure o volante com mais firmeza. Abrir um pouco os vidros também é útil para amenizar o problema.
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